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Armas de empresa do ministro do Interior retidas no Aeroporto de Maputo



Maputo – Um carregamento de 50 armas de fogo importadas por uma empresa pertencente ao ministro do Interior, Paulo Chachine, foi retido pela Autoridade Tributária no Aeroporto Internacional de Maputo. As autoridades suspeitam que a declaração de importação tenha sido fraudulenta, indicando que se tratavam de armas de caça, quando, na realidade, podem ser armamento de guerra.

Diante dessa situação, a legislação determina que o Ministério do Interior realize a peritagem física do material para confirmar a real natureza das armas. No entanto, o caso gera controvérsia, pois será a própria equipa subordinada ao ministro a conduzir a avaliação. Tal cenário levanta preocupações sobre um possível conflito de interesses, já que a decisão final pode favorecer o titular da pasta.

A apreensão do armamento acontece num momento em que o presidente Daniel Chapo havia prometido, em seu discurso inaugural, um combate firme contra a corrupção e a falta de transparência na gestão pública. A situação envolvendo o ministro Chachine coloca à prova a seriedade desse compromisso e lança dúvidas sobre a imparcialidade do Governo no tratamento de casos sensíveis envolvendo seus próprios membros.

A sociedade aguarda por esclarecimentos sobre o caso e, sobretudo, por uma resposta que reforce os princípios de integridade e boa governação defendidos pelo novo Executivo.

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