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Corrupção e má gestão afetam Escola de Professores do Futuro em Chiuta



A Escola de Professores do Futuro, situada em Chiuta, no distrito de Tete, enfrenta sérios desafios relacionados à corrupção e à má administração. Para ingressar na instituição, candidatos são obrigados a pagar valores que variam entre 70 e 80 mil meticais, além de uma taxa trimestral de 16 mil meticais, tornando o acesso à educação financeiramente inviável para muitos estudantes.

Apesar dos custos elevados, as condições oferecidas deixam a desejar. A alimentação disponibilizada é extremamente limitada, consistindo basicamente em couve, o que contrasta com as altas propinas cobradas. Além disso, a transparência na gestão da escola é questionável, com denúncias de favoritismo e punições arbitrárias. Estudantes que manifestam insatisfação são penalizados, enquanto casos de privilégios, como o de uma familiar do diretor que avançou sem cumprir os requisitos acadêmicos, continuam impunes.

Nos últimos anos, as decisões administrativas têm sido cada vez mais rígidas. Em 2024, seis estudantes foram expulsos e 19 ficaram com disciplinas pendentes. Já em 2025, a direção determinou que todos os alunos com matérias em atraso deveriam repetir o primeiro ano, uma medida vista por muitos como estratégia para aumentar a arrecadação.

A administração da escola parece mais preocupada com o lucro do que com a qualidade do ensino, o que compromete o futuro dos estudantes. A ADPP, organização responsável pela instituição, tem falhado em garantir uma educação justa e acessível. Diante desse cenário, torna-se essencial uma revisão urgente da gestão e das práticas adotadas na escola.

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