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União Europeia Defende Diálogo Inclusivo para Solução da Crise Pós-Eleitoral em Moçambique

 


A União Europeia (UE) reforçou o apelo por um diálogo político abrangente em Moçambique, com o objetivo de resolver a crise pós-eleitoral que tem afetado o país desde outubro. A organização reafirmou sua disposição para apoiar o governo moçambicano na implementação de reformas que atendam às expectativas da população.

Em uma publicação oficial no Facebook, a UE destacou a visita de Rita Laranjinha, diretora-geral para África do Serviço Europeu de Ação Externa, que esteve recentemente em Moçambique. Durante sua estadia, ela se reuniu com representantes do governo, líderes partidários e o ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane.

O comunicado ressalta que, em todas as reuniões, Laranjinha enfatizou a necessidade de um diálogo político inclusivo e reiterou o compromisso da UE em auxiliar Moçambique nas reformas consideradas urgentes. Entre as prioridades mencionadas, destacam-se a governança democrática, o respeito aos direitos humanos, o desenvolvimento sustentável e o fortalecimento da economia.

O presidente moçambicano, Daniel Chapo, mencionou em 19 de fevereiro a possibilidade de uma revisão constitucional como parte das negociações para solucionar a crise política. A proposta inclui a integração de quatro novos partidos nas assembleias provinciais e uma revisão da legislação eleitoral.

Atualmente, as negociações envolvem principalmente os partidos com representação parlamentar, como Podemos, Renamo e MDM, além do partido extraparlamentar Nova Democracia.

Desde outubro, Moçambique tem enfrentado protestos e paralisações liderados por Venâncio Mondlane, que contesta os resultados das eleições presidenciais de 9 de outubro, vencidas por Daniel Chapo. Embora as manifestações tenham diminuído, elas continuam em algumas regiões do país, impulsionadas não apenas pela contestação eleitoral, mas também pelo aumento do custo de vida e outras dificuldades sociais.

De acordo com a plataforma eleitoral Decide, os protestos já resultaram em pelo menos 327 mortes, incluindo cerca de 20 menores, além de 750 feridos por disparos.

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