Direitos Humanos em Risco: Denúncias de Execuções Durante Protestos em Moçambique

 

Polícia moçambicana é acusada de violência em protestos

Durante manifestações realizadas em Maputo no chamado "Dia dos Verdadeiros Heróis do Povo Moçambicano", um jovem foi atingido por disparos da polícia. As forças de segurança usaram gás lacrimogéneo e tiros para dispersar a população, o que gerou críticas por parte de organizações de direitos humanos e familiares das vítimas.

Lourenço Nhamango, parente do jovem baleado, expressou indignação e pediu justiça para evitar que mais famílias sofram com ações semelhantes.

André Mulungo, editor do Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD), questiona a atuação da polícia e afirma que há um padrão de repressão violenta. Segundo ele, as autoridades justificam o uso da força com o argumento de "meios legítimos", mas há diversos relatos de execuções injustificadas.

O pesquisador também destacou a falta de transparência na escolha de três representantes da sociedade civil que o Presidente Daniel Chapo anunciou para debater reformas e diálogo no país. Para Mulungo, é essencial que esse processo inclua figuras reconhecidas pela população, como Venâncio Mondlane, e não apenas pessoas alinhadas ao governo.

A crescente tensão política e os protestos pós-eleitorais refletem um cenário de instabilidade, com setores da sociedade exigindo respostas e mudanças no país.