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Nos últimos dias, o Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, nomeou um novo Chefe do Estado-Maior General das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e solicitou reformas profundas no setor. Segundo analistas, os desafios ainda são muitos e exigem mais do que simples mudanças de liderança.
Ao empossar o general Júlio Jane, Chapo defendeu a necessidade de modernizar as FDS para enfrentar com maior eficácia ameaças como o terrorismo, crimes transnacionais — incluindo tráfico de drogas e de pessoas — imigração ilegal, cibercrime e ações que atentem contra a ordem constitucional.
Entretanto, para o analista Rufino Sitoe, especialista em políticas públicas e resolução de conflitos, a substituição no alto comando parece visar mais a consolidação política de Chapo do que um esforço genuíno para reestruturar o setor da defesa. Em entrevista à DW África, Sitoe destacou que a simples troca de líderes não resolverá os problemas crônicos das FDS.
Segundo ele, é essencial um investimento robusto, um plano estratégico bem definido, além de melhorias na disciplina interna e no relacionamento entre os militares e as comunidades locais.
Sitoe acrescenta que a gestão anterior, sob Filipe Nyusi, foi marcada por deficiências graves nas forças armadas, incluindo uso político, má coordenação e desvalorização da instituição. Para ele, Chapo busca montar uma equipa mais alinhada à sua visão e que inspire maior confiança pessoal.
Ainda segundo o analista, é preocupante a ausência de responsabilização dentro das FDS. Casos de má conduta, como desvio de recursos ou má gestão da logística, raramente são punidos, o que mina o desempenho das forças e desmotiva aqueles que tentam promover mudanças positivas.
Por fim, Sitoe questiona se a recente nomeação realmente responde ao ressurgimento da violência em Cabo Delgado ou se seria necessário um plano mais abrangente e comprometido para pacificar a região e garantir segurança duradoura.
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