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CTA alerta que declarações de Venâncio Mondlane podem contrariar o progresso do país



O presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, afirmou ontem, em Maputo, que os recentes pronunciamentos do político Venâncio Mondlane podem representar um obstáculo aos esforços de recuperação económica e ao desenvolvimento nacional.


Mondlane declarou na segunda-feira que poderá convocar novas manifestações, designadas de "Fase V24 Ultra", caso pessoas ligadas a si ou ao seu movimento político sejam alvo de violência ou assassinato com motivações políticas.


Agostinho Vuma reforçou que nenhuma circunstância deve justificar actos de violência, sublinhando a importância do papel das instituições de justiça na resolução de conflitos.


De acordo com estimativas da CTA, mais de 17 mil empregos foram perdidos devido às manifestações anteriores. Já dados do Governo indicam que esse número pode ultrapassar os 50 mil postos de trabalho perdidos.


Durante a abertura de um debate público sobre a superação dos conflitos eleitorais, o Director do Centro de Integridade Pública (CIP), Edson Cortez, destacou que declarações como as de Mondlane contribuem para o adiamento do desenvolvimento do país. Ele questionou o impacto que tais ameaças podem ter sobre a confiança dos investidores:

“Será que algum investidor arriscaria aplicar recursos num país onde o principal opositor ameaça repetir algo como o V24, depois do que foi o V8?” — indagou Cortez. “Nem os próprios moçambicanos se sentem encorajados a investir num cenário de incerteza.”


As novas manifestações cogitadas por Mondlane surgem após uma tentativa de assassinato contra Joel Amaral, conhecido como Mc Trufafá, mobilizador da sua campanha. Segundo o político, mais de 40 apoiantes do seu movimento já teriam sido assassinados por razões políticas.

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