Estados Unidos mantêm apoio ao combate ao HIV/SIDA em Moçambique, apesar de cortes em outros programas

O embaixador dos Estados Unidos da América em Moçambique, Peter Vrooman, garantiu que os programas de combate ao HIV/SIDA continuarão a receber financiamento do governo norte-americano, mesmo com a suspensão de apoio a outras áreas.

A informação foi partilhada durante uma reunião realizada ontem com a Ministra das Finanças, Carla Loveira. Vrooman reconheceu que a Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) encerrará as suas operações no país entre julho e agosto deste ano, mas assegurou que as iniciativas ligadas à saúde, especialmente as que integram o Plano de Emergência do Presidente para o Alívio do SIDA (PEPFAR), continuarão ativas.

“O encerramento da USAID não afetará, neste momento, os serviços ligados à prevenção do HIV, à transmissão vertical e ao tratamento da tuberculose”, afirmou o diplomata.

Apesar da continuidade parcial do apoio, a ministra Carla Loveira alertou que o setor da saúde será severamente impactado pela suspensão geral dos financiamentos. Ela destacou que os Estados Unidos são parceiros estratégicos do Sistema Nacional de Saúde, sobretudo através da USAID e do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC).

“A retirada do financiamento representa um grande desafio para a manutenção de serviços essenciais e compromete a viabilidade de programas prioritários”, declarou Loveira, acrescentando que o Orçamento do Estado para 2025 não contempla verbas para compensar essa lacuna.

O encontro reforçou a importância da cooperação internacional para garantir a continuidade das políticas públicas de saúde em Moçambique.